DANIELLE DUMONT

RAFAEL RIBEIRO

Maestro, pianista e musicólogo

"A Dani é uma cantora excepcional. Suas escolhas interpretativas são embasadas em pesquisas extensas sobre o significado textual e musical. Por causa disso, sua afinação, ritmo, coloraturas, ornamentos, fraseados (etc.!) soam perfeitos para qualquer estilo, período ou idioma. Logicamente, suas escolhas para atuação - quando a música assim requer - não deixam a desejar: já cantou os principais papeis de óperas e musicais que mais encaixam em sua voz, arrancando aplausos calorosos do público. À sua experiência em palcos deve ser somada sua experiência pedagógica: também amparada em pesquisa e experimentações, construiu uma sólida base para ensinar diversos estilos de canto, indo do clássico, passando pelo musical e chegando ao popular. Profissionalmente, estive ao seu lado como pianista, como maestro, como diretor musical e nunca questionei suas escolhas musicais, pois sempre concordei com tudo. Por fim, além de já dominar todos os aspectos de sua arte, ela ainda mantém contato com diversos profissionais em busca de constantes atualizações. É uma profissional completa!"

WERNER AGUIAR

Violonista, professor da UFG e arranjador

Danielle Dumont: transparente com lente de aumento. Dona de uma voz ímpar, mescla com perfeição leveza, potência, expressividade e colorido em performances que vão da canção de câmara, passando como desenvoltura pelo Bel Canto até o Jazz, o Pop e o Rock. Danielle é uma das raras cantoras brasileiras que possui ampla desenvoltura em nível profissional e artístico digna do designativo Crossover. Não fosse apenas sua vasta e eclética experiência artística uma característica sui gereneris de sua atuação como cantora, Danielle acumula um conhecimento ímpar do ponto de vista técnico, teórico e expressivo prático do canto, possuindo formação em canto erudito e também em Belting Contemporâneo. Isso não somente se reflete em altos padrões da performance artístico musical, como também na qualidade de professora de canto, na elevada qualidade de sua didática vocal, fortemente marcada por uma pedagogia da empatia, de estar imersa (en-) no ato de paixão (pathos) que é o empenhar-se no ensino e aprendizado do canto. Isso faz de Danielle Dumont uma professora igualmente com qualidades raras de compreensão da realidade do aprendiz desde o seu lugar, desde onde provém a sua própria voz. Dar voz ao próprio é a marca registrada de Danielle, seja como cantora e artista, como poeta criadora, seja como professora de canto - ao desencobrir em cada um a sua própria verdade como a manifestação do mais íntimo e do mais profundo e, portanto, do mais importante: a própria voz desde uma voz própria. E é justamente nesse quesito que Danielle presenteia a todos com mais uma faceta: a de pensadora. Como tal, ela pensa o próprio, aquilo que é a verdade desde o próprio de cada um, da voz e do canto de cada um. Porém, não somente isso, mas a voz e o canto próprio desde a articulação da vida humana em sua dimensão absolutamente essencial da afetividade, do pensamento incorporado num corpo que pensa porque acima de tudo sente. Sente como pensadora, sente como poeta, sente como cantora, como artista, como mãe, como mulher, como ser humano. Sente e transparece a vida e o viver com lente de aumento iluminando tudo e todos a sua volta no que cada um é. Nela tudo transparece numa explosão de afetividade, conhecimento, profissionalismo, arte e criatividade. Nesse transparecer, Danielle é ela mesma um movimento que aumenta os sentidos do dicionário, do compêndio de pensamentos e vivências que cada um de nós é, nossos conceitos, definições, mas também nossas experiências. Danielle é esse movimento de nos levar para além (ex-) dos nossos limites (peri – perímetro). Por isso tudo Danielle é absolutamente singular.